13.10.17

Ó Senhor...

...seca as minhas lágrimas e semeia o teu sorriso nos meus lábios.

11.10.17

Contemplação


Há tanta coisa que Deus tem que aperfeiçoar em mim, até ao dia em que Ele voltar. E há algo que Ele, ao trazer-me a este mundo, fez nascer em mim e me entregou para eu fazer crescer. Algo que me é especial e me foi dado como se de um presente se tratasse: um carácter contemplativo. Para o bem e para o mal, este algo tem crescido comigo e é o que, tão largas vezes, me faz estremecer e me vence sem palavras. É por causa deste algo que sinto o que me rodeia com uma plena intensidade que, frequentemente, me faz perder o norte. Contemplar é uma conjunção entre os verbos olhar, considerar, meditar e absorver. Contemplar é ver não só com os olhos mas, sobretudo, com o coração. Para mim, é também uma fome e sede e uma qualquer coisa que, alimentando o meu imaginário, me esgota os sentidos e os insufla até à dormência. 

Senhor, preserva estes olhos para que possam, equilibradamente,
contemplar as obras das tuas mãos por todos os meus dias e prolonga-os
pela eternidade onde, na Tua presença, encontrarei descanso para o meu olhar.

10.10.17

Coisas que me esmagam.

"E o sol se deteve, e a lua parou até que o povo se vingou de seus inimigos. Não está isto escrito no Livro dos Justos? O sol, pois, se deteve no meio do céu e não se apressou a pôr-se, quase um dia inteiro. Não houve dia semelhante a este, nem antes nem depois dele, tendo o Senhor, assim, atendido à voz de um homem; porque o Senhor pelejava por Israel." 
Josué 10.13-14

Tu emudeces-me, ó Deus.

9.10.17

Sobre o muitas vezes difícil exercício diário, constante e intencional da fé.

1.10.17

Verbo: Recomeçar

Um verbo que me sugere balanço e impulso, precedidos por um respirar bem fundo. Na vida, há incontáveis recomeços. Às vezes, muitos mais do que realmente seria necessário ou desejável. Associo-os, inevitavelmente, à aprendizagem, ou pelo menos à tentativa da mesma, visto que a julgar pelo número de vezes que conjugamos este verbo, é evidente que a maioria das ditas cujas aprendizagens apenas pseudo-existiram. Estes "ensaios" são importantes, é um facto, conquanto se apresentem como esboços de uma obra-prima. O primor ou o sentido de desafio/compromisso é o que largas vezes leva o artista a recomeçar ou a refazer uma peça que, na sua mente e coração, ainda não está completa. E porque a excelência não está na singularidade mas na profundidade do que fazemos ou procuramos, vivemos neste pára-arranca.
Contudo, gosto de alimentar em mim a ideia de que a tal aprendizagem que nos convida a conjugar um outro verbo chamado refazer, não acontece sem antes se dar um processo, também ele, potencialmente doloroso chamado reflexão. A ter de sintetizar, eu diria que a ordem convém ser: refletir, aprender e refazer. Inspecionamos os pincéis, limpamo-los a rigor, combinamos e apuramos novos tons e seguramos o pincel firme e pausadamente, antes de manchar a nova tela. Nisto tudo, há duas certezas incontornáveis: uma, é que não há dois ensaios iguais; e outra, que não está nas nossas mãos o poder de apagar anteriores capítulos. Portanto, ajuizadamente refaçamos histórias, cheias de propósitos dignos. 
Toda esta divagação serve, tão somente, para marcar o meu regresso a esta prática de forçar as palavras que, de há uns anos para cá, tornaram-se preguiçosas e, às vezes, desengonçadas. Convenci-me de que posso ser uma refazedora. Quanto à excelência do que por aqui vou deixando, é sempre relativa e discutível! Considerem-se advertidos.

18.4.16

Graça na dor.

. . . . . . . . . . . .
Há um ano atrás, iniciava-se o maior pesadelo dos meus dias. Eu não sabia que monstro era este que eu enfrentava, nem imaginava o que Deus teria preparado para mim, mais à frente. Hoje, olhando para trás, mal acredito que o tempo se apressou desta forma, pois no meu coração não passou de uma dolorosa fracção de tempo. Tudo me permanece inacreditável. Absurdo.
A dor do divórcio é difícil de colocar em palavras exactas e nada explica a sua profundidade. Fica sempre algo por dizer e poucos a conseguirão entender verdadeiramente. Nas palavras de John Piper, é uma dor suja. Nos meus ombros, tem sido um fardo pesado de carregar mas, por muito que momentaneamente nos sintamos sós, é algo que Deus não nos deixa enfrentar sozinhos. Ele não tem largado a minha mão, mesmo quando a angústia aperta e eu só vejo escuridão. Na mágoa Ele tem-me guiado, no tropeço tem-me levantado e na esperança tem-me alimentado. O ano em que eu perdi o amor do homem que Deus me entregou, foi o ano em que Deus me deu a conhecer um novo amor. Tão diferente, tão maior. Cada caminhada espiritual é única e desenhada à nossa medida. Embora inúmeras vezes eu sinta que a provação que Deus me trouxe ultrapassa o tamanho das minhas forças, a Sua palavra é clara quando diz que não seremos tentados acima delas {1 Coríntios 10.13}. Há mistérios de Deus que entendo não compreender e quanto mais longa se torna a minha caminhada, mais pequena me sinto. Mais necessitada da Sua graça, da qual conscientemente dependo.
Nem sempre o meu testemunho consegue ser de invariável esperança, ou pelo menos tanto quando gostaria. Confrontando-me, diariamente, com a dor e a dúvida, percebo o quanto elas são tropeço. Deus tem uma obra tremenda e linda a fazer no coração daquele que se predispõe, submete e O procura em fidelidade. Neste meu coração molestado, há um longo trabalho pela frente, mas o meu desejo é de que a Sua glória seja manifestada nesta tremenda obra em mim e eu o posso vir a testemunhar vigorosamente e a plenos pulmões.
No combate diário, guardo a certeza de que os homens podem falhar mas o Senhor não nos abandona e nada sai fora do Seu comando. Até mesmo esta suja e áspera mancha do divórcio. A Sua graça é maior. MUITO MAIOR.
. . . . . . . . . . . .

6.2.16

One Thing



This one thing I ask 
This one thing I seek 
To dwell within your house 
Everyday of my life 

This one thing I ask 
This only do I seek 
To gaze upon your beauty 
In this holy place 

You are the one thing 
You are the one thing that I need 
You are the one thing 
You are the one thing that I need 

You give me eyes to see, eyes to see you 
You give me ears to hear, ears to hear you 
You give me a heart to know, a heart to know you 
I wanna know you more, I wanna know you more

23.1.16

Esperança.


"Ele, Jesus, nos dias da sua carne, tendo oferecido, com forte clamor e lágrimas, orações e súplicas a quem o podia livrar da morte e tendo sido ouvido por causa da sua piedade, embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu e, tendo sido aperfeiçoado, tornou-se o Autor da salvação eterna para todos os que lhe obedecem"

{Hebreus 5.7}

Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça.

{Hebreus 12.11}

13.1.16

Sinestesias i



Mármore. Neblina. Floral. Toque. Baunilha. Pastel. Criar. Nascer. 
Vislumbre. Lembrar. Arrepio. Voar. Sossegar. Azul. Sem fim.

7.1.16

Pérolas.

“As pérolas são feridas curadas, pérolas são produtos da dor, resultados da entrada de uma substância estranha ou indesejável no interior da ostra, como um parasita ou um grão de areia. A parte interna da concha de uma ostra é uma substância lustrosa chamada nácar. Quando um grão de areia a penetra, as células do nácar começam a trabalhar e cobrem o grão de areia com camadas e mais camadas, para proteger o corpo indefeso da ostra. Como resultado, uma linda pérola é formada. Uma ostra que não foi ferida, de algum modo, não produz pérolas, pois a pérola é uma ferida cicatrizada”.

Autor desconhecido