4.11.14

Onde estou mesmo? II

Sobrinhos. Presentes de Deus, assim como os filhos. Sempre encarei a responsabilidade de tia como algo sério, que me deve comprometer a ser melhor e a dar o que de melhor tenho. Não só enquanto figura exemplar, mas também como figura presente, com tudo o que isso implica. Enquanto estivemos longe foi um desafio complicado e, por vezes, bem doloroso. Quando partimos para Berlim tínhamos dois sobrinhos, dos quais um mal conhecíamos. Regressámos com quatro. As bênçãos têm crescido na nossa família e, enquanto não contribuímos nós próprios para o alargamento destas bênçãos, empenhamo-nos na divertida e importante tarefa de tios. O privilégio de acompanhar a graça do Senhor que se manifesta de formas incríveis em seres tão pequeninos. Aquele cuidado e amor especial pelas crianças que Deus promete. Porque não incorporar em nós este amor pelas crianças que Deus trouxe à nossa família?
Nesta matéria de tios e sobrinhos, não vejo coisa melhor que orar por eles, dia após dia; vê-los crescer assustadoramente rápido; brincar com eles até à exaustão; aparvalhar e rir até cair para o lado; ouvir-lhes o choro ou a gargalhada contagiante; abraçá-los, esmagá-los e afins; deliciar-me a observá-los; alegrar-me com eles quando cumprem uma tarefa; ler-lhes os trabalhos de casa, as histórias encantadas ou apanhar-lhes os brinquedos. Ser tia está longe de se resumir a isto, mas agradeço a Deus cada bocadinho. Perdi vários momentos importantes na vida deles e só Deus sabe que outros momentos nos deixará presenciar. Mas por agora, encontrei outra âncora.

2 comentários:

  1. Bem-vinda, Ester! (Para mim, quanto mais saio, mais gosto de regressar...) Desejo-vos um bom tempo aqui e as melhores decisões quanto ao futuro.

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  2. Obrigada, tia Nice. :) É muito bom estar de volta, isso é! Beijinhos nossos aos 2. ;)

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