25.11.14

The Hundred Foot Journey

Este filme delicioso e inspirador encheu-nos a sala, ontem à noite. Até dormi melhor!

17.11.14

Das provas.

Obrigo-me a manter estas palavras no pensamento e a semeá-las no coração. E como é difícil enraizá-las a sério, não deixando margem a receios.

"Perseverança no meio das provações, segundo o exemplo de Cristo
Portanto nós, também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado, que tão de perto nos rodeia, e corramos, com paciência, a carreira que nos está proposta. Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à dextra do trono de Deus." Hebreus 12. 1-2

11.11.14

Úteis.

by Monoqi.

4.11.14

Onde estou mesmo? II

Sobrinhos. Presentes de Deus, assim como os filhos. Sempre encarei a responsabilidade de tia como algo sério, que me deve comprometer a ser melhor e a dar o que de melhor tenho. Não só enquanto figura exemplar, mas também como figura presente, com tudo o que isso implica. Enquanto estivemos longe foi um desafio complicado e, por vezes, bem doloroso. Quando partimos para Berlim tínhamos dois sobrinhos, dos quais um mal conhecíamos. Regressámos com quatro. As bênçãos têm crescido na nossa família e, enquanto não contribuímos nós próprios para o alargamento destas bênçãos, empenhamo-nos na divertida e importante tarefa de tios. O privilégio de acompanhar a graça do Senhor que se manifesta de formas incríveis em seres tão pequeninos. Aquele cuidado e amor especial pelas crianças que Deus promete. Porque não incorporar em nós este amor pelas crianças que Deus trouxe à nossa família?
Nesta matéria de tios e sobrinhos, não vejo coisa melhor que orar por eles, dia após dia; vê-los crescer assustadoramente rápido; brincar com eles até à exaustão; aparvalhar e rir até cair para o lado; ouvir-lhes o choro ou a gargalhada contagiante; abraçá-los, esmagá-los e afins; deliciar-me a observá-los; alegrar-me com eles quando cumprem uma tarefa; ler-lhes os trabalhos de casa, as histórias encantadas ou apanhar-lhes os brinquedos. Ser tia está longe de se resumir a isto, mas agradeço a Deus cada bocadinho. Perdi vários momentos importantes na vida deles e só Deus sabe que outros momentos nos deixará presenciar. Mas por agora, encontrei outra âncora.

Onde estou mesmo?

Chegámos há dois dias. Ainda tenho o pensamento pelas ruas de Berlim, o coração na casinha que lá deixámos e os ouvidos naquela língua áspera (mas já relativamente familiar). Ouvir o português pelas ruas nunca me soou tão estranho e não ter constrangimentos linguísticos nunca me pareceu tão fantástico. A sensação é a de que não há nenhuma dificuldade que seja realmente intransponível! A falar é que as pessoas se entendem, já diziam. 
Em contrapartida, não é fácil baixar a guarda até porque me parece que, a qualquer momento, tudo volta ao normal. Esta simplicidade que de repente se nos apresenta, desperta em mim um estado de alerta, à espera do resto que sempre acaba por vir. São os traumas positivos resultantes da nossa emigração. E digo positiva porque a nossa experiência foi muito superior e abençoada, comparada à de tantos outros nas mesmas circunstâncias. 
Este não é tema que goste particularmente de abordar, porque reconheço haver demasiados generalismos para o meu gosto e eu nunca gostei de moldes.
Naturalmente que, se numas áreas a coisa simplifica-se, noutras voltamos a encontrar os mesmos "buracos" que existiam antes de irmos. Este invariável facto de Portugal se manter igual com o passar do tempo. Muito muda, mas no fundo tudo permanece igual. Para muitos este será um conforto na hora do regresso, para outros nem por isso. Eu ainda não me decidi. Vou demorar um bocadinho a assimilar tudo, combinado?
A verdade é que este país simples e modesto, na cauda da Europa, à beira-mar plantado, tem mil e um deleites para oferecer. O meu primeiro foi ir comprar fruta e legumes. Bom, de momento não temos um supermercado a 4 minutos a pé de casa, em que posso caminhar e trazer as compras fresquinhas aos ombros ou no carrinho de compras. Como eu gosto! Agora dependemos do carro para trazer tudo em sacos de plásticos (oferecidos aos molhos - ainda se usam por cá...) até casa. O voltar a ficar de certa forma dependente, causa-me alguma estranheza e desconforto. Admito. No entanto, não me recordo da última vez que rumei feliz da vida de volta a casa com uma tonelada (quase literal) de fruta e legumes, que me custaram apenas 25 euros!! Estes "pequenos" detalhes servem-me de âncora, no meio de toda esta ondulação. E o feliz que eu fico com tanta cor a entrar frigorífico adentro?
Assim sendo, o meu objectivo nas próximas semanas será encontrar mais âncoras e lançá-las à água. Estou a precisar.