Foi a minha primeira máquina digital, que se seguiu à minha velha Polaroid. Tinha um nome estranho e veio encomendada da Alemanha, aos meus tios. Era Verão e tenho clara noção do quão maravilhada fiquei com a prenda por ter completado o 10º ano {o lindo hábito dos meus pais}. Mal consegui acreditar que ia poder tirar fotografias sem olhar ao número de clic's e iria poder experimentar coisas novas. Não era nenhuma espingarda e a imagem era caracteristicamente granulada, da fraca qualidade. Mas eu fui tão feliz com ela, até me lançar para outros voos. Há dias, encontrei-a enquanto deitava mãos a vários caixotes. Não podemos guardar tudo o que nos apetece, mas há coisas {como esta} que nos custa tanto dar. A solução foi dá-la a alguém próximo, na esperança de ser bem cuidada e útil. Só aquela ideia de que, volta não volta, posso deitar-lhe os olhos e saber que não foi entregue a alguém desconhecido. Puramente psicológico, eu sei. Mas sabe melhor assim!
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