23.5.09

C

A noite caiu mais cedo.
As nuvens engrossam-se assustadoras.
Chocam, conversam, misturam-se, engrossam-se cada vez mais.
Eu espero plantada à janela.
Ao primeiro sinal, solto os braços janela fora. É ela.
Hoje não me importo, mas só esta noite.
Que chova, chova muito.
E que não venha só, mas com a trovoada pela mão.
Esta noite preciso de chuva.
Que a manhã traga o que sempre traz no bolso, sempre que chove.
Um novo dia, diferente, colorido pelo sol pendurado e perfumado pelo cheiro a terra molhada.
Vá lá...

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